Internacional

Pyongyang pode realizar teste nuclear em 2023

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Andrey Kortunov observou que a retórica mais dura da Coréia do Sul e dos Estados Unidos não funcionará como um impedimento, enquanto a China desfruta de certa influência política em Pyongyang.

Pyongyang pode realizar um teste nuclear em 2023, portanto, tal desenvolvimento não deve ser descartado, disse o diretor-geral do Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia, Andrey Kortunov, à TASS na segunda-feira.

Ele está certo de que uma retórica mais dura dos Estados Unidos ou da Coreia do Sul não fará nada para deter a liderança da RPDC.

Ao analisar as atuais tensões na península coreana, o especialista chamou a atenção para a declaração do presidente sul-coreano, Yoon Sok-yeol, no início de janeiro, de que a Coreia do Sul pode hospedar armas nucleares de outro estado ou criar as suas próprias, caso a situação na península piore devido ao programa nuclear da Coreia do Norte. A declaração de Yoon veio na véspera das visitas do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, a Seul e Tóquio, que um funcionário da International Policy Science Society da RPDC, Kim Dong Myung, já chamou de “um prelúdio para o confronto e a guerra” na região da Ásia-Pacífico. (ABR). Kortunov acredita que, neste contexto, não se deve descartar que, em suas tentativas de retaliação, Pyongyang possa chegar a realizar um teste nuclear em 2023.

“Não podemos descartar essa possibilidade”, enfatizou. “Testes de mísseis balísticos já estão em andamento. Algumas declarações muito beligerantes estão sendo feitas pela liderança norte-coreana. Testes nucleares não podem ser excluídos. Em qualquer caso, a RPDC, é claro, não desistirá de armas nucleares. a Constituição do país”.

Ao mesmo tempo, Kortunov observou que a retórica mais dura da Coréia do Sul e dos Estados Unidos não funcionará como um impedimento, enquanto a China desfruta de certa influência política em Pyongyang. “Se Pyongyang mostrar contenção, não o fará por causa de algumas declarações da Coreia do Sul ou dos Estados Unidos, ou do Japão. Pode virar um ouvido atento à China, já que os testes norte-coreanos, a serem realizados no norte, não muito longe da fronteira chinesa, naturalmente, causam preocupação não apenas nas capitais dos oponentes geopolíticos da RPDC, mas também em Pequim e em Moscou”, continuou ele.

O especialista destacou que, em meio à desconfiança mútua na região, deve-se esperar uma cooperação bilateral mais ampla entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos e entre a Coreia do Sul e o Japão. As tensões gerais na região da Ásia-Pacífico podem aumentar. “Uma variedade de cenários é possível”, observou Kortunov. “Por um lado, a situação pode se agravar ao longo da linha de demarcação entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Alguns confrontos, provocações e uma escalada não intencional são possíveis aqui. Este é um cenário possível. Ou, tensões no Estreito de Taiwan, entre os EUA e a China pode aumentar, se Taiwan encorajada pelos EUA começar a se mover mais vigorosamente em direção à independência.”

Fonte: TASS


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